ANTES
DE COMPRAR
1.1 - Um canário corretamente tratado pode atingir a idade de 10 a 14 anos. Está preparado para se
responsabilizar por ele?
1.2 - Pode oferecer ao seu pássaro um lugar fixo em sua casa? Se ele tiver que ser constantemente
mudado, não se sentirá seguro.
1.3 - Tem tempo suficiente para o seu pássaro? Ele tem de ser alimentado e tratado com
regularidade(TODOS OS DIAS).
1.4 - Tem outros animais domésticos em casa que possam ser perigosos para o canário ? Um cão
pode ser ensinado a não incomodar o pássaro, mas um gato, por seu lado, só com muita
dificuldade o poderá ser.
1.5 - Um canário não canta durante todo o ano com a mesma intensidade. Por exemplo, na muda
das penas ele precisa de todas as suas energias para a renovação da plumagem. Alguns pássaros
também ficam calados sem motivo aparente. Acha que vai gostar da mesma maneira, mesmo se ele
já não cantar?
1.6 - No que respeita à alimentação, um canário pode ficar, no máximo, dois dias sozinho. O que
acontecerá à ave quando você for de férias ou adoecer?
1.7 - Deseja oferecer o pássaro ao seu filho ? Então terá de lhe explicar o modo correto de
tratamento e prestar atenção a isso.
2 O
CICLO COMPORTAMENTAL DO PRINCIPIANTE
2.1 CONTACTO
– é a primeira fase, que ocorre entre amigos e em exposições; nestas oportunidades se dá a apreciação do belo,
visual e auditivo, dos canários e surge o encantamento o que é natural dada a sensibilidade positiva de que são dotadas as pessoas.
Daí, normalmente resulta a aquisição de um casal ou mais.
2.2 EMPOLGAÇÃO
– é a fase seguinte, que vem num crescendo muito forte, alimentado pela expectativa de realizar, coincide com
o período de reprodução e o “novo criador” observa a preparação do ninho pela fêmea, o macho fornecendolhe
alimentação no bico,
a postura, o choco e o nascimento dos filhotes, alguns bons, outros não, mais isto não importa no momento, a euforia fica por conta
do fato apenas. Por pouca que seja a qualidade dos descendentes, o simples sentimento de “ter conseguido” é bastante para o
iniciante. Esta qualidade para ele é uma questão de aprimoramento, de que se vai cuidar depois.
2.3 CANSAÇO
– verificase
este fenômeno no período da muda de penas, quando a única coisa que acontece no canaril é que os
pássaros enfeiam, o canto cessa e muitas penas terão que ser varridas. Neste ínterim, falta ao estreante o fator “animação”, pois ele
só tem pressa e quer ver logo os resultados, pássaros bonitos, ativos e canoros, o que culmina apenas após a mocidade das aves. É
o período em que a maioria dos criadores jovens acaba desistindo, indício de que é o momento em que o canaricultor precisa de
descanso, gozar férias, viajar, respirar novos ares, etc.
2.4 REINÍCIO
– o canaricultor está dentro de cada um de nós; às vezes adormece, mas sempre desperta outra vez. E lá se vai
nosso amigo em busca de novos casais para recomeçar sua criação. Até que o estreante aprenda a dar o devido tempo a cada fase,
esta agitação será constante, pois, como já dissemos, ele quer resultados imediatos; aos poucos, porém, ele vai dominando esta
intranqüilidade e vai acomodando o lado racional da atividade à medida em que aprende que as regras da natureza precisam ser
respeitadas. Isto o fará tornarse
paciente e observador, levandoo
a melhor cuidar de seus canários e, então, começa a colher
aqueles resultados antes pretendidos às pressas; ele mesmo, quando amadurecido, entenderá isto perfeitamente. Paciência,
dedicação e perseverança são os requisitos essenciais para o criador. O contato com as sociedades de canaricultura resulta, sem
dúvida, na melhor orientação.
1
3 VOCÊ
QUER COMEÇAR A CRIAR CANÁRIOS?
Revista FPO 2001
Arquivo editado em 26 Ago 2001ORIGEMOs
canários são originários do Arquipélago das Canárias. A maneira como o canário se
propagou é muito polêmica pois enquanto uns dizem que foram contrabandeados outros afirmam que nas exportações só de machos
que se faziam na época, seguiram também, por engano, algumas fêmeas. Hoje o canário é o pássaro mais popular do mundo e a
canaricultura atinge um alto grau de desenvolvimento.
3.1 ONDE
CRIARQualquer
local, desde que abrigado de correntes de ar e isento de umidade. Um cuidado importante: o combate
ao mosquito inimigo feroz do canário. Um picada, geralmente ao redor das unhas, provoca inflamações difíceis de serem curadas e
muitas delas são fatais.
3.2 GAIOLAS
E ACESSÓCIOSAs
com estrados e comedouros externos, além de mais higiênicas, são mais funcionais e facilitam o
trabalho do criador. Nas paredes devese
usar suporte para penduralas
evitando o contato direto. Os poleiros devem ser de
espessura adequada, não permitindo o tocar das unhas na parte inferior dos mesmos. Banheiras de tamanho grande e comedouros e
bebedouros de plástico.
3.3 FORMAÇÃO
DO PLANTELÉ
um item de importância capital, pois de uma boa escolha dos componentes do plantel mais de
50% dos sucessos de uma criação. Adquira somente pássaros sadios e dentro do padrão de raças estabelecido pelo clube de
Canaricultura. Filiese
a um deles. Peça orientação a seus diretores especule. Não se deixe iludir por preços baixos. Visite os
criadores de reconhecida capacidade e idoneidade.
3.4 ALIMENTAÇÃOExiste
um grande número de fórmulas de farinhadas. Escolha a que lhe parecer mais simples e eficiente.
Semente básica é o alpiste com 15% de aveia e 15% de colza. As verduras são: almeirão, chicória, sempre bem lavadas.
3.5 ACASALAMENTOO
período de cria iniciase
em junho. Acasale somente os exemplares sadios. Isso se conhece pelo
comportamento do casal: o macho cantando vigorosamente e a fêmea batendo as asas ao pular de um poleiro para outro. Realizando
o acasalamento e não havendo nenhuma irregularidade, dentro de mais ou menos 8 dias ela inicia a postura que varia entre 3 a 5
ovos, os quais devem ser retirados diariamente e guardados em um recipiente com sementes redondas, devendose
virálos
todos os
dias para que a gema não precipite. Coloque um ovo plástico no ninho e quando o último ovo for posto, geralmente mais azulado que
os demais, volte com todos para o ninho permitindo, assim, que depois de treze dias de choco nasçam todos os filhotes no mesmo
dia.
3.6 INCUBAÇÃODura,
como foi dito acima, 13 dias, sendo que no sétimo dia já podem ser observados através de um foco de luz
os ovos que, se galados, apresentam uma tonalidade opaca.
3.7 NASCIMENTO
E ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTESNascidos
os filhotes, devese
retomar cuidado para que não faltar alimento,
principalmente farinhada com ovo e a verdura.
3.8 ANILHAMENTOPor
volta do sétimo dia devemos anilhar os filhotes. A anilha é um anel inviolável de alumínio onde estão
gravados todos os dados necessários a identificação do canário. Esses anéis devem ser adquiridos no clube que o criador se filiar.
SEPARAÇÃONormalmente
separamse
os filhotes dos pais aos trinta e cinco dias de idade.
3.9 A
PREPARAÇÃO DO NINHO 0
ninho, seja de plástico ou de cerâmica, deve ser pulverizado 24 horas antes com
BaygonO~ verde, um produto da Bayer (vendido em farmácias). Você estará tranqüilo por dois meses e protegido de todo inseto
4 MUDA
DE PENAS
2
Embora
sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a perder o brilho e desgastar e precisam ser trocadas.
A muda é um processo normal na vida das aves, relacionado a fatores biológicos ligados aos hormônios produzidos pela tireóide.
A muda ocorre todos os anos e iniciase
após a época de cria,(não deve permitir que procriem até a época em que antecede a muda).
Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar facilmente e não passará de 6 a 8 semanas.Nesta época a ave pode perder totalmente as
penas ao mesmo tempo, mantendo sempre uma razoável quantidade para cobrir e proteger o corpo e voar.
Se a temperatura estiver elevada muito quente irá antecipar a muda do canário, mas terminará mais cedo. Em climas moderado e
frescos ela atrasa um pouco.
É recomendado fornecer ao pássaro a dieta correta para esta ocasião, uma alimentação rica em cálcio (osso de ciba), casca de ovo,
vegetais, uma mistura de grãos com maior quantidade de óleo e uma farinhada com ovo. Na água de beber será trocada diariamente
e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos que contenha ferro.
Nos adultos a troca de pena: rabo, asas, e demais penas iniciase
do centro para as extremidades, nas asas a muda ocorre
simultaneamente, no corpo ocorre a muda quase por inteiro, terminando na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com
dificuldades, começar a aparecer a pele isto não é normal, e pode ter sido causado pela má alimentação ou outras causas.
Banhos de sol pela manhã (8 as 9 horas) ajudam bastante na muda, manter as gaiolas limpas, evitando que o pássaro fique em
correntes de ar, fornecer banheiras com água limpa para banhos.
A MUDA NOS FILHOTES
Os filhotes nascem pelados com uma finíssima plumagem, e aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão
empenados por inteiro. Os filhotes também mudam de pena em torno do terceiro ao quarto mês de vida, o que chamamos de muda
de ninho, que é, o pássaro apenas muda as penas do peito e cabeça, as penas das asas e rabo só mudaram no próximo ano.
MUDAS PRECOCES
As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas são trocadas fora da sua época normal: bruscas mudanças de
ambiente, temperatura, sustos, acordar as aves durante o seu sono e entre outros fatores, são causadores de uma muda precoce. Um
pássaro nestas condições é um pássaro triste e sempre esta encorujado (embolado), o pássaro não canta.
Devemos tratalos
muito bem, administrando algumas vitaminas para tal e evitar o máximo em incomodar as aves.
MUDA DE PENAS
Revista SOBC 98
É importante entendermos esse período que ocorre na vida de nossos pássaros, já que esse é o período em que as aves ficam mais
debilitadas, perdem resistência e energia, por isso convém aos criadores darlhes
atenção especial, através de uma boa alimentação
e protegelos
do frio, em especial evitar as correntes de ar. Com esses cuidados básicos os pássaros estarão sempre sadios e não
terão problemas físicos quando chegar a época da reprodução. A muda ocorre por um processo norma, diretamente relacionada a
fatores biológicos associados aos hormônios produzidos na tiróide. Ela é necessária porque as penas embora muito resistentes
começam a se desgastar com o tempo e acabam sendo substituídas por penas novas. O processo de muda é sempre posterior ao
período de reprodução, mesmo durante a muda os pássaros não perdem todas as penas ao mesmo tempo, mantendo sempre uma
quantidade razoável de penas para protegelos
do frio e possibilitalos
de voar. A muda das asas, por onde em geral começa o
processo, é simultânea, trocando as penas primárias na seqüência de dentro para fora e as secundárias de fora para dentro. Essa
ordem pode variar, com a muda ocorrendo nos dois sentidos ou na ordem contrário. Com relação as outras penas do corpo elas são
trocadas da parte traseira em direção a cabeça e as penas da cauda são trocadas do centro para as extremidades. Os filhotes na sua
maioria nascem praticamente pelados, coberto apenas por uma finíssima plumagem, mas quando saem do ninho já estão quase que
na sua totalidade empenhados. Esses filhotes fazem uma muda por volta de três ou quatro meses de vida, mas só a muda que ocorre
por volta de um ano de idadeos deixam com a plumagem de pássaros adulto.
Lembramos que as penas não nascem na época da muda, caso o pássaro perca uma pena ou o criador a retire ela será reposta
imediatamente. Leonardo Monteiro (juiz OBJO)
3
5 ADEQUAÇÃO
DE ESPAÇO FISICO
Diretoria Técnica do 4C
Muitos me fazem esta pergunta, quando criase
com um número reduzido de casais, não têmse
quase problemas de saúde e a
média de filhotes por casal é alta, mas quando aumentase
o número de casais. sem no entanto aumentar o espaço físico do
criadouro têmse
uma infinidade de problemas de saúde e a média de fílhotes cai drasticamente.
Quando o ambiente é impróprio para a criação afeta diretamente o estado imunológico das aves proporcionando a instalação de
doenças.
Um elevado número de pássaros em um espaço pequeno desequilibra as condições físicas do criadouro, após várias pesquisas
chegamos à conclusão que o número ideal para a relação Espaço Físico X População do Criadouro é de um casal por m³, dessa
maneira a aeração do criadouro será satisfatória. pois o ar não sendo renovado adequadamente apresentará um potencial infeccioso
muito grande por conter muitas partículas em suspensão, gases tóxicos, fungos, germes, vírus e uma deficiência de oxigênio,
causando danos muitas vezes irreparáveis à saúde do pássaro.
0 criadouro deve ser instalado de Preferência em um local amplo com as paredes revestidas de azulejos e piso de cerâmica. o que
facilita a limpeza. A janela deve ser ampla e telada (não usar tela de plástico, cuja malha é muito fina, e que são facilmente obstruídas
dificultando a renovação do ar: use tela de metal com malha de 2,0 mm) uma proporção ideal para o tamanho da janela é de um m²
de janela para cada dez m³; de criadouro e estas devem estar voltadas para o sol nascente. Para ajudar na circulação de ar, podemos
colocar respiradouros na parte superior da parede quase chegando ao teto, essas aberturas que também deverão ser teladas,
eliminam o ar quente que por ser mais leve se coloca na parte de cima.
0 uso de ventiladores não tem nenhum efeito refrescante sobre os pássaros. Tal efeito só se consegue em animais que possuem
glândulas sudoríparas expostas. O corpo dos pássaros, coberto de penas, não é capaz de se beneficiar disso.
Providencie para que a temperatura do criadouro seja constante e a umidade relativa do ar deve ser fixa em torno de 70%. Evitar
sempre as correntes de ar por serem extremamente prejudiciais a saúde dos pássaros. Mantenha o criadouro sempre limpo,
efetuando desinfecções periódicas no criadouro e nos equipamentos. Agindo desta forma, os problemas de saúde do plantel serão
bastante reduzidos e o ambiente estará propício para o acasalamento.
6 – ACASALAMENTOS BÁSICOS
Linha clara x Linha clara
Linha escura x Linha escura
Sem fator x Sem fator
Com fator x Com fator
Intenso x Nevado
Mosaico x Mosaico
Diluído x Diluído
Oxidado x Oxidado
COMENTÁRIOS:
4
Linha Clara: exemplares isentos de melaninas (pigmentos negros ou marrons) em sua plumagem. Ex: Amarelo, Branco, Vermelho,
etc.
Linha Escura: exemplares que possuem melaninas em sua plumagem. Ex: Verde, Cobre, Isabelino,etc.
Sem Fator: exemplares isentos de pigmento vermelho na plumagem. Ex: Amarelo, Branco, Verde, etc.
Com Fator: exemplares que possuem pigmento vermelho na plumagem. Ex: Vermelho, Cobre, Ágata vermelho, etc.
Intenso: exemplares em que o lipocromo (pigmento amarelo ou vermelho) se deposita em toda extensão da pena.
Nevado: exemplares em que o lipocromo não se deposita até a extremidade da pena, formando uma escamação mais clara na
plumagem.
Mosaico: exemplares onde o lipocromo se deposita em regiões específicas da plumagem, como: máscara facial, ombros, uropígio e
peito.
Diluído: exemplares da linha escura onde a melanina se encontra em menos quantidade nos desenhos e na envoltura (melanina que
se encontra dispersa na plumagem misturada ao lipocromo). Ex: Ágata e Isabelino.
Oxidado: exemplares da linha escura onde a melanina se encontra em expressão máxima nos desenhos e na envoltura. Ex: Verde,
Cobre, Azul e Canela.
7 DICAS
PARA SALVAR OS PÉS DOS CANÁRIOS
Wilson Tadeu Munno
A cada dia que passa a tecnologia ornitológica evolui mais e novas técnicas surgem para que possamos utilizálas
em
nosso criadouro.
Fico surpreso em ouvir dos colegas criadores que perdeu um belo espécime por causa de picadas de insetos ou fungos
no pé de seus canários. As vezes no intuito de sanar esta enfermidade os colegas acabam quando não matando, muito das vezes
mutilando seus canários.
A vários anos eu e alguns criadores de São Carlos temos usado o Iodo Fucsina, (preparado em qualquer farmácia de
manipulação) passado com cotonete na lesão e após usase
uma pomada de nome Tobrex (pomada oftalmologica) repita esta
operação por 3 a 4 dias e você verá o resultado.
Este Iodo Fucsina também pode ser usado com sucesso em sarna de canário, e também nos pés dos mesmos quando
estiverem com parasitas.
Tente esta receita e deixe de mutilar ou até mesmo matar seus canários, boa sorte!
Obs: (Fórmula: Iodo a 2% e Fucsina a 0,2%)
5
8 - EMFERMIDADES MAIS COMUNS EM CANÁRIOS
1 ENTERITE
Sintomas: Dores abdominais, diarréia, plumas da cloaca sujas pelas fezes, estrias de sangue. Abdômen duro, vermelho violeta. Pára
de cantar. Tem muita sede. Emagrecimento rápido.
Tratamento: Dependendo da causa: Vermífugos, coccidiostáticos, antibióticos, antimicóticos. Eliminar as verduras. É útil a
administração de 2 gotas de Aderogil no bebedouro de 50 cc.
2 INDIGESTÃO
/ CONSTIPAÇÃO
Sintomas: Ventre inchado. Fezes duras, cloaca inchada e de cor vermelha. Dificuldade de evacuação.
Tratamento: Dar no bico 2 gotas de óleo de parafina. Introduzir, prudentemente, na cloaca um pouco de azeite de oliva. Administrar
verduras, maçã e infusão de tília para beber.
3 COLIBACILOSE
Sintomas:Sonolência. Falta de apetite. O pássaro se retira para um canto da gaiola. Diarréia esverdeada que deixa as penas ao redor
da cloaca sujas. Vômitos freqüentes de alimentos misturados a uma substância e a um fluido esverdeado. Nesses casos a
mortalidade é muita elevada entre o primeiro e o segundo dia.
Tratamento: Dentre outros, mencionamos: Zooserine, quemicetina solúvel, Cloranvex e Gentamicina (colírio 1 gota no bico). A
medicação deve ser oferecida conforme a bula.
4 SALMONELOSE
Sintomas: Na forma fulminante o pássaro se retira para um canto da gaiola e fica a dormir, com as penas soltas, asas caídas e com a
respiração ofegante. Morte repentina. A parasitose em forma fulminante tem incubação de 1 a 3 dias.
Tratamento: O mesmo descrito no item 3. Além desse, pode ser feito tratamento com sulfas (Vetococ, Neosulmetina, Coccirex). Nota:
Durante a criação deve ser evitado o uso indiscriminado de produtos com sulfa, porque esterilizam o macho por 22 dias aumentando
bastante o risco de complicações com Cândida.
5 SALMONELOSE
Forma
aguda incubação (3 a 5 dias).
Sintomas: Na forma aguda o pássaro pára de cantar. Faltalhe
vivacidade e o mesmo se retira para o canto da gaiola com as penas
eriçadas e os olhos semicerrados.
Inapetência, muita sede e diarréia verdeamarelada.
Cloaca suja de fezes, ventre inchado e
respiração ofegante.
Tratamento: Além dos medicamentos indicados no caso precedente, dar sulfas com os cuidados recomendados. Os pássaros que
conseguem ser curados ficam por via de regra, portadores de germes.
6STREPTOCOCOS
Sintomas: Sono contínuo. O pássaro se isola em um canto da gaiola. Cloaca suja pela diarréia. Emagrecimento rápido. Respiração
ofegante. A cauda e as asas caídas. Aumento do ritmo respiratório, bico aberto. O pássaro pode, de tempos em tempos, emitir ruído
agudo.
Tratamento: Durante 5 dias deve ser oferecido ao pássaro doente um dos seguintes produtos: 100 PS (vide bula), Linco Spectin (1 g
para 1,5 I. de água), Tylan 200 (1 gota no bico).
7 TIFOS
Sintomas: Asas caídas, penas soltas e diarréia verde. Mortalidade muita elevada e rápida, entre 12 e 24 horas. Tratamento: O mesmo
que os itens 3 e 5. 8 HEPATITE.
Sintomas: Falta de apetite ou fome exagerados. Manchas violáceas no ventre, com hipertrofia do
lóbulo hepático.
Tratamento: Pro Livre (5 gotas no bebedouro) noz vômica, Antitóxico SM (vide bula), Epocler (10 gotas no bebedouro por 5 dias).
Recomendase
suspender a farinhada e manter somente alpiste e chicória.
6
9 VARIOLA
/ BOUBA (forma aguda)
Sintomas: A princípio, não apresenta nenhum sintoma particular. O pássaro fica apático e se retira para um canto da gaiola com as
penas eriçadas e respiração difícil. Na chamada forma diftérica o vírus provoca o aparecimento de pequenas placas como se fossem
membranas branco amareladas na boca e nas vias respiratórias causando sérios problemas.
Tratamento: Neste caso a antibioticoterapia é geralmente ineficaz; a única ação válida é preventiva por vacinação. Existe a francesa
"Kanapox" Rhone Merieux e a americana "Poximune C" Biomune Inc.
10varíola/
bouba(forma crônica)
Sintomas: A princípio, a queda de pequenas penas ao redor dos olhos. As pálpebras engrossam. Pode parecer plefarite com
secreção purulenta que fecha o olho. Lesões epiteliais típicas da varíola. Furúnculos com até 5mm de diâmetro, de cor
amarelada/esbranquiçada cheios de líquido purulento. Por vezes eles se cobrem de uma membrana que parece casca e atinge com
mais freqüência a fixação do bico junto a cabeça e cavidade interna do bico, faringe e ouvidos. As generalidades dos sintomas são
aquelas da forma aguda
Tratamento: A forma cutânea pode ser tratada com tintura de iodo ou mercúrio cromo em uma solução alcoólica a 3% ou Thuya. A
Quemicetina (4 gotas no bebedouro) pode, em alguns casos, mostrar eficiência.
11 CORIZA
Sintomas: Falta de vivacidade, anorexia, corrimento de cerume das narinas, que pode se tornar um ranho purulento, continuamente
freqüente, com tosse. Respiração difícil. Mucosa congestionada.
Tratamento: Limpar as cavidades das narinas com algodão impregnado com permanganato de potássio solução 1/1000. Dar um dos
seguintes remédios 100 PS conforme a bula. Linco Spectrin 1 g em 1,5 L. de água, Tylan 200, 1 gota no bico. O tratamento deve ser
mantido até o desaparecimento da doença.
12 DOENÇA
RESPIRATÓRIA (crônica) D.
R.C.
Sintomas: Dificuldade de respiração, espirros, corrimento nasal e ocular. Esta doença é bastante semelhante a coriza.
Tratamento: Tylan 200 (1 gota no bico), Linco Spectin (1g em 1,5 I. de água), Ofticor (2 gotas no bico). Tratamento de 1 semana.
13 SINUSITE
INFECCIOSA
Sintomas: Corrimento freqüente das narinas e dos olhos que ficam injetados com inchação ao seu redor, podendo apresentar pus. O
pássaro não come e permanece com a cabeça embaixo das penas recolhido num canto do poleiro ou no fundo da gaiola. Esfrega,
seguidamente, o bico contra o poleiro ou arame. Respiração difícil.
Tratamento: Lavar as narinas e olhos com água morna. Pingar 1 gota de Hidrossin em cada narina. Na água pode ser usado
Auromicina Avícola, Vetococ, Tylan 200 ou Linco Spectin. A medicação deve ser oferecida conforme a bula.
14 PNEUMONIA
Sintomas: Falta de vivacidade. Respiração difícil. O bico pode ficar com uma cor violeta. O pássaro coloca a cabeça para trás debaixo
da asa. A cauda acompanha o ritmo respiratório. Febre, asas caídas, penas eriçadas.
Tratamento: Baytril ou Tylan 200 (1 gota no bico) Linco Spectin, Oftcor (2 gotas no bico). Reforçar a alimentação adicionando
vitaminas na farinhada.
15 AEROSACULITE
Sintomas: Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta de vivacidade, o pássaro fica infértil e não canta.
Tratamento: O mesmo do item 14.
16ASMA
Sintomas: Respiração difícil com acesso asmático muito intenso e freqüente. queda do poleiro; morte por asfixia. Nos casos muitos
graves, imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas. Respiração acelerada intermitente com emissão do pequemos gemidos.
Tratamento: Administrar os mesmos medicamentos do item 14.
17 MUDA
ANORMAL
Sintomas: Muda de penas fora de tempo, irregularidade na formação das penas ou quedas contínuas.
Tratamento: Identificar e sanar o problema que pode ser: Mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito
7
úmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade
artificial. Identificada a causa, administrar boa farinhada enriquecida com vitaminas e minerais diariamente.
18 TEIGNE
Sintomas: manchas redondas ao redor das pálpebras, perto do bico ou ainda nos ouvidos com formação de escamas secas.
Tratamento: desinfetar bem a gaiola, com Biocid. Aplicar com cautela pomada antimicótica, Canesten.
19 PARASITOSE
EXTERNA
Sintomas: queda de plumagem, emagrecimento, anemia demonstrando as patas pálidas e olha comprimidos.
Tratamento: desinfetar a casa 3 meses com Kil Red (20 g para 6 litros de água), gaiolas, equipamentos e pássaros. É indispensável
que o produto seja pulverizado nas paredes e estantes. O SBP também pode ser usado, contudo, como se volatiliza rapidamente, o
risco de reinfestaçâo é maior.
20 PIPOCAS
DA PATAS
Sintomas: inchação das juntas e furúnculos nas patas.
Tratamento: Aplicar pomada Nebacetin até a cura e dar na água 5 gotas de Benzitrat.
21 STREES
Sintomas: O pássaro fica sonolento, abatido. Muito especialmente ao retornar de exposições ou viagens longas. Tumulto dentro do
canaril provoca agitação nos pássaros, causandolhes
stress.
Tratamento: administrar vitaminas: Potenay 812, ou Vita Gold (5 gotas no bebedouro) e farinhada reforçada com Rosivolt, maça,
verdura e jiló.
22INFERTILIDADE
Sintomas: ovos claros, o pássaro não entra em forma para reprodução . A fêmea recusa sempre o macho ou vice versa.
Tratamento: vitaminas e alimentação sadia devem ser oferecidos aos pássaros para que na época da reprodução estejam em forma.
E recomendável adicionar em 1 quilo de farinhada seca 2 gramas de Vitamina "E" em pó.
23 CANDIDIASE
Sintomas: Penas arrepiadas, falta de apetite, dificuldade para ingerir alimentos, vômitos e as vezes diarréia.
Tratamento: Assim que aparecer os primeiros sintomas, bons resultados são conseguidos com Micostatin (1 gota no bico) e 8 gotas
no bebedouro. Nizoral (1 comprimido transformado em pó adicionado a 1 quilo de farinhada seca) também produz bom efeito.
24 COCCIDIOSE
Sintomas: A cossidiose raramente provoca mortes rápidas. As penas ficam eriçadas, a ave fica abatida surgindo 0 osso do peito
saliente, chamado de peito de falcão. Desidratação e diarréia com fezes com estrias de sangue ou de coloração bem escura.
Tratamento: Vetoco, Coccirex e Amprolium. Os medicamentos devem ser ministrados de acordo com as bulas. Recomendase
adicionar a farinhada complexo vitamínico e Hidrax ou Pedyalite.
25 ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA
Sintomas: O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as sementes com um alumino silicato (seqüestraste). De qualquer forma a
cura pode ser tentada com Ancotil na dosagem de 120 a 250 mg por quilo de farinhada seca, oferecida por 3 dias. Movimento de
cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita freqüência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa.
Tratamento: Não há tratamento satisfatório com medicamentos específicos, contudo, algum resultado pode ser conseguido com NF
180 (2 g para 1 quilo de farinhada seca) e complexo vitamínico para melhorar a resistência.
26 ÁCAROS RESPIRATÓRIOS
Sintomas: acesso asmático repentino, porém mais freqüente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar. Respiração penosa,
sibilante, com assobio. Acesso de tosse com expectoração contento muitas ácaros. Plumagem em desalinho, abertura do bico
sincronizada com os movimentos respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao estado de aparente normalidade. A presença
de ácaros respiratórios Sternostoma Traqueacolum ocorre,
em maior ou menor grau, na maioria dos criadouros.
8
Tratamento: isolar o pássaro doente. Desinfetar as gaiolas todos os dias com solução Biocid na proporção 2 ml por litro de água.
Aplicar vacinação adotando o processo de arrancar algumas penas da coxa do pássaro, esfregando, levemente, uma gota de Ivomec.
A medição deve ser repetida 15 dias após e na segunda aplicação da vacina não havendo melhora do pássaro, o mesmo não está
acometido de ácaros, devendo ser tentado outro tratamento.
27 CARÊNCIA
DE VITAMINAS
Sintomas: falta vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos não cantam e de modo geral pássaro fica
adormecido durante o dia no fundo da gaiola.
Tratamento: oferecer 5 gotas de Potenay B12 ou VitaGold
em bebedouro de 60 ml de água, diariamente. Alternar com Ferro SM no
bebedouro por período de 15 a 20 dias. Alimentação enriquecida com maça, jiló e verduras em dias alternados durante 30 dias.
Banhos nos dias quentes e sol durante 15 minutos no horário da manhã. A farinhada com ovo cosido não deve faltar.
9 PROFILAXIA
ANUAL DO CRIADOURO
10 REGISTRO
DO PLANTE, UM DEGRAU PARA A MELHORIA
Artigo editado em 06/04/2002
Revista Pássaro – Portugal
Revista Pássaros – Ano 6 – Nro 29
Qualquer bom criador, ou pelo menos dedicado, tem objetivos e sonhos, que passam por ter um bom aviário, bom plantel e o mais
importante que este seja saudável e produtor de bons resultados.
Para que estes objetivos sejam atingidos, são necessários vários requisitos: dedicar muitas horas do seu tempo ao viveiro, investir
algum dinheiro (em equipamentos, alimentos, vitaminas, mãodeobra,
ou em novas aves), muita dedicação, muita paixão, não olhar
para o lado comercial, etc.
Mas muitas vezes seguindo estes requisitos e outros, observamos mesmo assim o insucesso.
Muitos criadores, ao colher os insucessos, contabilizam os prejuízos, e seguem ainda ano após ano, essa atividade inglória.
Quando são questionados, o argumento é de que a avicultura desportiva é mesmo assim, mais sujeita ao insucesso que a vitórias.
Outros acabam mesmo por abandonar a atividade desiludidos e frustrados, culpando a sua má sorte ao “mau olhado do vizinho”, pois
muitas vezes sentemse
enganados, pela sua pouca experiência não ser acompanhada da melhor forma pelos amigos.
MÊS DOENÇA MEDICAMENTO
Abril Ácaros Ivomec injetável – pingar uma gota na
coxa imediatamente após retirar penas
dessa região, ou Ivomec Puron –
pingar uma gota na região dorsal do
canário
Maio Vermicida Mebendazole Univet ou Vermiaves –
Seguir a bula
Junho Coccidiose Baycoc ou Vetococ – seguir a bula
Trato Digestivo Complexo B – 3 gotas na água durante
7 dias
Julho Esterilidade Vitamina “E” da Avitrin
Ácaros e Piolhos Kill Red – Pulverizar todo ambiente
(paredes e gaiolas) e os canários.
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Será que estes insucessos não passarão simplesmente por uma organização mais cuidadosa de seu plantel?
Penso que sim, pois se dedicamos muito do nosso tempo, se gastamos muito dinheiro, se temos boas aves e não lhes faltamos com
nada; falta qualquer coisa que pode ser apenas, a simples organização escrita do plantel, ou seja os registros de tudo o que se passa
durante todo o ano. Aí de certeza vamos encontrar as explicações para o insucesso ou comprovar o sucesso.
Os registros são importantíssimos, com eles saberemos ao pormenor as despesas, os rendimentos, as linhagens etc.
Muitas vezes, as aves deixam a postura, os ovos não eclodem, os filhotes morrem em idades diferentes e por motivos diferentes, não
sabemos quem é filho de quem, que produtos usamos neste ou naquele pássaro etc.
Ficamos perdidos, tentamos várias soluções, sem encontrar a melhor, resolvemos mudar tudo ou mesmo trocar os progenitores.
Nessa hora esquecemos os bons casais que temos e o quanto custaram a conseguir. Se houvesse registros confiáveis, com uma
análise cuidada e racional poderiase
chegar a possível ou possíveis causas do insucesso ou problemas surgidos.
Mesmo assim encontramos muitos criadores que dizem ter casais a produzir 4/5 filhotes por ninhada. Mas se lhe perguntamos, qual a
média de filhotes anual por casal ou do plantel, eles simplesmente não sabem ou atiram com qualquer número.
É possível que até tenham no plantel casais velhos ou doentes ou mesmo sofrendo de infertilidade, que há muito não põe um ovo
sequer, e se põem não eclodem. E quantos casais existirão que produzem um ou dois filhotes por ninhada?
O que obtém o criador com um plantel assim?
Financeiramente:
prejuízo
Emocionalmente:
frustração
Em
relação aos outros criadores: sentimento de inferioridade, e atrasos devido ao sucesso dos companheiros.
Muitas vezes questionamse:
“porque é ele que consegue e eu não?”
OS REGISTROS Falamos
então dos registros, eles que são elemento fundamental para o sucesso nas criações, sendo feitos de
maneira precisa. São eles que ajudam o criador a ter o registro correto da trilogia da saúde que levará ao sucesso: alimentação,
patrimônio genético e todos os aspectos do ambiente que circundam os casais e filhotes. Sem anotações não se pode fundamentar
qualquer decisão séria e racional.
Serão eles também que nos vão dar o registro preciso das descendências e linhagens. Os rendimentos por casal e do plantel. Em
resumo, com os registros, teremos tudo gravado do que se passou durante a época.
AS DIFICULDADES Por
incrível que pareça, fazer o registro dum plantel, é uma atividade muito difícil e ignorada pelos criadores,
tendo as seguintes razões ou causas básicas interrelacionadas
entre si:
preguiça:
descrédito (interrogandose,
se será mesmo uma atividade recompensadora)
falta
de material ou lugar para as anotações
desconhecimento
(para muitos a mais previsível)
Assim acontecendo, uma coisa reforça a outra, tornando o criador incapaz passando a vida a achar que isso não “paga o trabalho”.
Não embarca nessa onda do progresso, porque não pode raciocinar sobre dados que não tem. Não pensa de maneira cientifica.
Aqueles que convencidos da importância do processo, dominam a preguiça, ultrapassam as barreiras, e passam a ter meio caminho
andado para a eficiência na criação, e os resultados vão ser o testemunho do sucesso e a recompensa do esforço.
ONDE E O QUE REGISTRAR
Podemos utilizar apenas umas folhas de papel ou um simples caderno: hoje já existem programas informáticos para o efeito, aqui
temos a melhor solução, mas não ao alcance de todos.
O melhor caminho é optar por um dos processos, mais simples de registrar e consultar.
O que devemos registrar? Essencialmente devese
anotar os registros básicos numa criação, estes em traços gerais são: o casal, os
filhotes, linhagens, esquemas de cruzamento, manejo sanitário, despesas com alimentação, equipamentos e outras, e pequenas
notas de situações pontuais verificadas.
Cada criador elabora aquela ficha que mais lhe interessa, pois vários modelos existem.
Devem ser feitas todas as anotações no momento que ocorrem: a postura, os nascimentos, mortes (a causa provável), a troca de
ovos e filhotes de pais, tratamentos individuais etc. Outros semanalmente ou mensalmente como aquisição de alimento ou
equipamento, tratamentos coletivos, medida e cor dos ovos etc.
CONSULTA E TRABALHO COM OS REGISTROS
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Em períodos que podem ser semanal, mensal, semestral ou mesmo anualmente, o criador pode fazer consultas com levantamentos
de dados obtendo o balanço da situação.
Por essa altura alguns dados interessam sobremaneira:
qual
o número de filhotes desmamados?
qual
o número de filhotes nascidos?
embriões
mortos?
número
de ovos sem eclodir?
qual
a média de filhotes por casal?
qual
o número de casais sem produzir e quais?
qual
o consumo de alimento por ave?
qual
o custo de manutenção por casal?
o
custo por cada filhote?
os
resultados dos tratamentos?
Todos estes dados obtidos irão facilitar as análises que identificarão tendências, surpreenderão fatos até mesmo antes de
acontecerem e teremos a satisfação do sucesso. Mas como importância maior, temos o aparecimento de respostas concretas para
aquelas questões mais simples:
a
criação de aves está a correr bem ou não?
a
criação teve bons resultados ou maus?
que
modificações há a fazer?
o
que tem que ser melhorado?
Isto em linhas gerais é o que nos permite estabelecer os níveis mínimos de qualidade e produtividade que desejamos atingir na
criação. Sem isto, ficamos a brincar ao “faz de conta”, a tendência de muitos que deve ser abolida para dar lugar ao criador moderno
que tenha um crescente de qualidade no seu plantel ganhando competitividade no cenário ornitófilo nacional e mundial.
Espero com estas modestas linhas, ter pelo menos alertado os menos atentos e os mais preguiçosos, para a importância deste tema,
fazendo com que se elevem os números de quantidade, qualidade e competitividade da ornitofilia portuguesa.
A todos um bom ano de criações que agora começa e para aqueles que vão participar no nosso mundial (que todos esperamos ser
um sucesso, eu pelo menos tenho a certeza e sei que vai ser um orgulho para todos nós Portugueses), a maior sorte do mundo e que
atinjam os objetivos pretendidos.
11 AMAS
SECAS QUANDO E ONDE USAR?
Sensibilidade e tecnologia. Estes são sem duvida os dois grandes ingredientes que levam um criador ao sucesso.
Considerando que a nossa atividade é uma arte, resulta extremamente importante aplicarmos todo o nosso conhecimento junto com
uma sensibilidade, para na hora de escolhermos os nossos reprodutores e formarmos os casais, conseguirmos o maior proveito
possível do material genético disponível, de tal forma que o produto final seja filhotes de excelente qualidade, a tal ponto de se
destacarem na hora dos concursos.
Devemos aliar a nossa sensibilidade, um máximo de tecnologia, no manejo, instalações, alimentação, etc. de forma a que possamos
obter também sucesso na produção e cuidado dos filhotes.
No campo tecnológico em todas as áreas da zootécnica ocorre avanços verdadeiramente expressivos no que a reprodução se refere.
Uma descoberta por todos conhecida de extremo valor, é a inseminação artificial, que permite multiplicar incrivelmente a prole de
certos exemplares machos de alto valor genético. Desta forma conseguese
multiplicar muito velozmente as qualidades de um
exemplar excepcional. Nós criadores de pássaros ainda não dispomos de técnicas que permitam essa pratica, mas em várias
espécies podemos utilizar a poligamia com os melhores machos, de forma a obtermos maior quantidade de filhotes dos melhores
machos dos nossos planteis.
Uma descoberta mais recente mas não menos interessante, é a transferencia embrionária, que consiste resumidamente em estimular
a ovulação de fêmeas de alto padrão, fecundar esses ovos e transferir os embriões para "amassecas"
de inferior qualidade que terão
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como única tarefa de criar esses filhotes de alto padrão. Desta forma, multiplicase
de maneira significativa o número descendentes
de fêmeas excepcionais.
Esta tecnologia representa uma ovulação impressionante na qualidade de planteis, chegando a resultados surpreendentes num
período de tempo muito reduzido.
Existe na ornitologia um exemplo típico desta prática, que é a cria do Diamante de Gold, utilizando Manons como "amassecas".
Em canaricultura, o uso de amas secas permite, da mesma forma, que a possamos obter maior número de ninhadas daquelas
fêmeas que mais nos interessam, desde que se utilizem uma manejo adequado e cuidadoso.
COMO FAZER UM PLANTEL DE "AMASSECAS"
As "amassecas"
devem ser fêmeas de excelente desempenho como criadeiras, independentemente da sua beleza. Como isto é
recomendável que formemos um verdadeiro plantel com as mesmas, no qual o único critério será o comportamento reprodutivo.
Quando avaliamos o comportamento reprodutivo das amassecas,
não nos referimos unicamente ao fato de alimentarem bem os
filhotes, mas também a ausência de qualquer desvio comportamental. Desta forma serão eliminadas as fêmeas que rejeitem o anel,
ou arranquem as penas dos filhotes, etc.
Em nosso canaril, iniciamos a experiência a três anos atrás, com cinco fêmeas sem raças definidas, filhas de um casal de excepcional
qualidade reprodutora, que nos foram presenteados por um criador amigo. Logo no primeiro ano eles tiveram um desempenho
formidável como criadeiras e das duas melhores, obtivemos filhotes para aumentar o número de amassecas
para o ano seguinte.
Desta forma, temos sucessivamente aumentado o número de fêmeas sempre tirando filhotes das melhores "tratadeiras". Resulta
extremamente importante quando tiramos filhotes de amassecas,
que utilizemos machos filhos de fêmeas excepcionais criadeiras,
para passar para os filhos essas qualidades.
O MANEJO
Diferentes de outras espécies ( Diamante de Gold, por exemplo ), no caso específico da cria de canários, temos observado que certos
cuidados devem ser tomados, principalmente no que se refere a evitar o desgaste das fêmeas cujos ovos são retirados para provocar
uma nova postura. Quando esta prática é aplicada com freqüência com a mesma fêmea, ela muitas vezes se mostra desgastada,
diminuindo o número de ovos das posturas ou demorando muito para iniciar uma nova postura. Desta forma, quando retiramos os
ovos de uma ninhada, deixamos que ela mesmo crie os filhotes da próxima, para retirar os ovos da seguinte e assim sucessivamente.
Desta forma, consideramos que um número excessivo de amas secas, seja contraproducente, diminuindo a produção em termos
quantitativos.
Considerando um número razoável de amas secas pode oscilar o 10% do total das fêmeas utilizadas.
O manejo propriamente dito é muito simples. Controlamos a fertilidade das aves com 10 dias de choco, e transferimos os ovos cheios
das fêmeas de maior interesse nesse mesmo dia, retirando o ninho para que ela "perca o choco", e recolhendo o mesmo, em dois
dias, para reiniciar a postura.
OUTRAS VANTAGENS
Além da possibilidade de obtermos maior prole mais numerosa de melhores fêmeas do nosso plantel, consideramos que as amas
secas, por serem relacionadas pela sua qualidade para tratar os filhotes, nos oferecem garantia de sucesso no desenvolvimento dos
filhos das nossas melhores reprodutoras.
Por outro lado, também utilizando as "amassecas"
para testar a fertilidade dos machos do plantel que oferecem dúvidas. Assim,
quando, um macho de qualidade não "enche ovos" numa ninhada, colocamos o mesmo com uma amaseca
para testar novamente a
sua fertilidade, sem riscos. Quando o mesmo começa a fecundar ovos, ele é reintroduzido no plantel.
O tema é interessante, alguns aprovam esta pratica e outros não. Nós tentamos, aprovamos e esperamos ter contribuindo para que
você tire suas próprias conclusões. Boa Sorte !!!
Álvaro Blasina
8 Os
cuidados com o pássaro não são caros. Mas já pensou que um canário poderá custar algum dinheiro, caso necessite de
cuidados médicos?
9 Um
canário deverá poder voar pela casa uma vez por dia. Qual a sua atitude se ele fizer alguma sujeira?
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10 IMPORTANTE:
tem a certeza de que ninguém na família sofre de qualquer tipo de alergia relacionada com penas? Caso isso
aconteça, não deverá possuir qualquer ave. Em caso de dúvida, consulte o seu médico, antes da compra.
(Extraído do Novo Guia dos Canários)
12 POR
QUE OS FILHOTES MORREM NO NINHO???
Todos os anos uma grande quantidade de filhotes morrem durante os dez primeiros dias de vida.
L.Bellver
DIAGNÓSTICO:
Colibacilose, Salmonelose, Micose.
Estas bactérias citadas são as causas de inúmeras perdas toas as temporadas, com subsequentes desconforto e impotência do
criador.
Sabemos todos, e inclusive já nos ocorreu em mais de um ocasião, Ter proporcionado o cruzamento de mais de dez casais de
canários e contabilizando no final da temporada nove ou menos exemplares. Analisando, não se trata de dez casais com problemas
de procriação; pode ocorrer talvez de três deles, porém não na sua totalidade.
Lógico é que se mandarmos investigar as causas, seremos informado que quase sempre a bactéria Coli ou Salmonela é a causadora,
pois vivem constantemente com os pássaros, mesmo que esses as controlem com suas defesas.
Diante dessa situação, temos nos valido de remédios, livros, artigos, sem resultado positivo, e, desse modo transcorreuse
a
temporada.
Noutras ocasiões e diante a incompetência, recorremos aos companheiros em criação que nessa temporada lhes tenha sido
satisfatória, pedindolhes
informações e segredos de criação. Nosso amigo, que sempre pena de nós, nos conta o que sabe e o que
vem a saber. Fornece ainda uma ração do seu preparo. Ensinanos
a receita e visita o local de criação.
Acreditamos que este é um santo remédio e que tudo mudará. No final de alguns dias tudo continua igual e os próximos nascimentos
morrem diante de nossa competência.
Recorremos de novo a outros criadores. Obtemos informações e testamos todas elas. Uns nos aconselham dar tal medicamento,
outros nos sugerem sulfas ou antibióticos, os mais naturalistas sugerem cenoura ralada misturada. Vamos ao herbário. Compramos
germes de trigo, pólen, extrato de algarroba, mel, proteínas. Variamos todo os sistema, preparamos diversas massas e rações de
pintos com leite, cereal de bebê e vitaminas.
Na terceira ninhada competimos com a dona da casa, pois a cozinha mais se assemelha com um laboratório.
Usamos a moedora de carne para moer sementes de cânhamo. Enquanto isso fervemos sementes de rabanete que segundo nos
disseram são infalíveis. Em um vasilha colocamos de molho uma medida de sementes negras que também disseram ser
maravilhosas e que as fêmeas avançam nelas com muita gula. Já ia me esquecendo, noutra boca do fogão uma caçarola com água
fervendo e três ovos.
A televisão está transmitindo um jogo de futebol. Todos estão atentos menos aquele que está cuidando dos ovos para que não fervam
mais de 9 minutos, pois li em algum lugar, que se passarem da fervura a gema fica azulada e pode ser indigestos e tóxicos.
Ninguém pode usar a pia porque a verdura tem de fica de molho com água em solução caustica por toda a noite, conforme outro dos
segredos vem guardados.
No Domingo, com desculpa de levar os meninos para passear, vamos ao campo recolher uma ervas chamadas de nabiças com as
quais o tio Pepe conseguia dezenas de canários.
Durante a temporada trocamos, várias vezes de mistura. Algumas vezes com alpiste, outras com aveia e cânhamo em separado.
Parecíamos espiões industriais, pois estamos, como se diz a sociedade, absorvidos pelo assunto. Desse modo durante anos e anos.
Viramos investigadores, biólogos e veterinários. Lemos tudo, aprendemos a conhecer fórmulas. Familiarizamonos
com as vitaminas,
proteínas, carbohidratos e minerais. Conhecemos além disso todos os nomes dos aminoácidos na ponta da língua, o que em nenhum
dia conseguimos aprender os nomes dos reis visigodos.
Somos invadidos por toda classe de preparos nacionais e internacionais. Começamos nós mesmos a preparar as nossas próprias
formulas. Ficamos isolados,pois nossos amigos amadores timbraram pelo caminho do aprendizado e hoje em dia os vemos
transformados em pescadores ou catadores de cogumelos.
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Nosso caso, Devese
tratar de genética. O que anima a nos empenharmos a fundo nesse desafio, é tentar reproduzir este fenômeno
que se chama criação em cativeiro.
Ah! Já ia me esquecendo do início desse artigo: Por que morrem os filhotes no ninho???
Descobrir isto causo muitos anos de tentativas frustrantes.
A causa da maioria das mortes é, sem dúvida a falta de água ou de líquidos para digerir a ração e as massas atuais, na maioria das
vezes muito ricas e indigestas, longe estão os tempos em que os nossos avós criavam de forma natural, com cardo, pão duro
amolecido, alpiste e maçãs.
Na primeira semana de vida os filhotes duplicam seu peso a cada dia, e 75% compõese
de água.
Os três primeiros dias passam sem incidentes nenhum. No quarto ou quinto dia os examinamos a tarde. As ninhadas alimentadas.
Que satisfação.
No dia seguinte perderam peso. Encontramse
menores que no dia anterior. Começa o retrocesso. As gorduras acumuladas em torno
da cintura desaparecem rapidamente. A cor se torna avermelhada.
Pedem insistentes por comida. Não é isso que precisam, mas sim água. No dia seguinte não tem forças para levantar a cabeça.
A mãe insiste em darlhes
comida, eles não reagem, não podem levantar a cabeça, a fêmea, ante negativa, se deita sobre eles. Não
podendo digerir a comida, também ela adoece de indigestão.
O ninho começa a molharse,
pois os excrementos são líquidos e a fêmea não pode limpálo
. É então quando atacam as bactérias
coli e salmonela sem que nada se possa fazer, pois os filhotes estão muito debilitados, e tudo ocorre no espaço de dois dias.
Esta sintomatologia é evidenciada quando a fêmea salta do ninho e sua barriga está úmida e suja. Sempre se disse que a fêmea
suava sobre os filhotes e esses morriam, quando na realidade são os excrementos destes mais a febre e o suor que sujam a barriga
da fêmea.
Uma observação lógica de que estes filhotes não estavam doentes é a seguinte:
Se estivessem contaminados por alguma bactéria, a maioria haveria de morrer dentro dos ovos ou nos dois dias seguintes ao
nascimento.
Quando sempre atribuímos ao azar de bactérias, responsabilizandoas
por todos os males. Se tivéssemos nos preocupado mais com
os devidos cuidados dos reprodutores, não existiria a maioria dos problemas.
Como fornecer líquido aos filhotes?
Fornecendo maçãs, cuscuz, pão umedecido, sementes fervidas e verduras.
Nos três primeiros dias de vida os filhotes são alimentados pela mãe com papainhas líquidas e semi digeridas.
A partir do terceiro dia convém dar pela manhã um pedaço pequeno de maçã, se possível do tamanho de uma noz ou menor. N a
ração adicionamos sementes fervidas e umedecidas.
Quando os filhotes depositarem os excrementos na borda do ninho, já se pode dar maçã a vontade.
Principalmente nas raças de cores modernas, se lhes damos maçã em excesso a mãe, ou algumas mães, os alimentam quase que
exclusivamente de maçã, resultando fezes demasiadamente líquidas e de difícil limpeza pelas fêmeas e que se pode terminar com a
ninhada.
Este assunto de criar pássaros se pode comparar com os primeiros meses de vida de um bebê, em que os cuidados de limpeza de
fraldas e alimentação suave são primordiais.
O pão úmido ( um pedaço pequeno ) também é interessante. A verdura, se não se trata de canários timbrados ou de raças resistentes
com o cobre é conveniente deixar para Segunda ou terceira alimentação e fornecela
a partir dos quinze dias e sempre gradualmente.
Finalmente, um sistema inovador de água é o cuscuz. Tratase
do germém de trigo duro separado do grão. Nos países árabes é
usado para preparar um prato típico, o Kibe.
Em canaricultura, pássaros exótico e outros, se emprega o cuscuz para misturar com ração, trazendo umidade e tornandoas
mais
apetitosas e acima de tudo conseguindo o aporte de líquido necessário para a perfeita digestão da comida.
Como preparar o cuscuz?
No caso do prato culinário árabe, não sei. Porém na avicultura é o seguinte:
Á noite, ou horas antes de preparar a ração, põese
uma quantidade de cuscuz de molho com o dobro de água. Nesta água pode
acrescentar algumas gotas de complexo vitamínico.
Se usar algum remédio é conveniente não colocalo
junto com o cuscuz de molho, é sim, colocalo
no final para que não perca parte
de sua eficiência em muitas horas de água.
Se preparar o cuscuz a noite, é conveniente guardálo
na geladeira para que o calor não o azede.
Resumo de algum conselhos úteis.
1 Não
dar alimentação demasiado forte nos primeiros 5 dias.
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2 Nunca
dar misturas de sementes a partir das 6 horas da tarde.
3 Se
houver oportunidade, dar a ração de manhã e depois do almoço. Sempre na quantia exata.
4 Não
variar e não acrescentar nenhuma mudança brusca na alimentação.
5 Não
se preocupe em demasia se alguns filhotes não estão alimentados a noite, pois a natureza é sadia.
6 Se,
por exemplo, se tem 10 casais e uma média de seis funcionam, tudo corre bem. Deixe que eles continuem seu sistema e no
final da temporada terá conseguido 60 pássaros. Pode guardar os outros quatro casais para fazer uma investigação. Não tente fazer
alguma mudança em todos os casais porque estes quatro não funcionam.
7 Não
mude os filhotes doentes no último momento para que uma fêmea sádia, pois dificilmente os salvará. Ela é que pode adoecer,
principalmente se é uma fêmea
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