TRICOMONÍASE
Ê uma doença causada por um protozoário flagelado (tem um tipo de rabinho que facilita a sua locomoção) de nome Trichomonagailinae. É conhecida também como "cancro" ou "enrugamento".
Afeia aves de diferentes espécies como galináceos, peru, falcões, canários e outras aves de porte pequeno, sendo raro em psitacídeos (papagaio, periquito-rei, cacatuas, entre outras). A sua gravidade é maior em aves jovens (afeta com maior facilidade e de modo mais agressivo), sendo que as aves adultas podem ser portadoras do problema, de modo sintomático ou não (portador inaparentes, ou seja, possuem o protozoário, mas não tem sintomatologia da doença).
A transmissão do mal se dá através da ingestão de alimentos (rações, verduras, farinhadas, etc.) e de água contaminados por secreções de aves acometidas (doentes). No caso de pombos os filhotes adquirem a doença através do leite do papo e as aves de rapina pela ingestão de aves contaminadas.
Após o protozoário ser eliminado no meio ambiente, este não suporta o ressecamento, levando a mesmo a morte.
A doença é mais freqüentemente detectável na fase de desmame dos filhotes e na muda de penas. São as fases da vida mais sacrificante, devido a:
-no desmame ocorre a transição da total dependência dos pais, com relação a alimentação, para a auto-suficiência, sendo muitas vezes sacrificante e altamente estressante, essa nova realidade.
-na muda ocorre alta necessidade de nutrientes (vitaminas, proteínas, minerais, etc) para o bom desenvolvimento das novas penas, ocorrendo desgaste das aves.
Nestes casos há a facilitação de queda de resistência do organismo facilitando a entrada e instalação de doenças.
A doença afeta principalmente o papo, esôfago, boca e vias aéreas superiores (narinas, seios nasais, orofaringe, traquéia). Nestes locais ocorre a formação de pequenas lesões com secreção purulenta (com nódulos de pus brancos ou amarelos), que podem se tornar grandes massas necróticas (tecido morto), obstruindo (tapando) o esôfago ou deformando o local onde se desenvolveu. Essas massas necróticas podem ser palpáveis tanto no esôfago como no papo. Podem apresentar consistência mole, indicando infecção recente ou de aspecto firme (consistência de queijo) indicando um processo crônico.
Como sintomatologia temos vários sinais não específicos. Podemos ter:
-regurgitação ou vomito freqüente de conteúdo do papo, a ave aparece com secreções aderidas ao redor do bico e face.
-inanição- para de comer, levando a enfraquecimento, emagrecimento e morte.
-apatia- fica indiferente a tudo que ocorre ao seu redor.
-prostração- devido ao enfraquecimento
-arrepiamento de penas
-e até mesmo morte súbita ou não
O diagnóstico é feito através de:
-sintomatologia
-sinais clínicos
-histórico
-exame a fresco de material coletado de secreção de papo A prevenção, como em outras doenças, é a maior arma que temos para evitar o alastramento desta.
Como a disseminação é através de contaminação de alimentos e água, devemos de todas as maneiras tentar bloquear, impedindo que infecte novos animais. Devemos:
-lavar os utensílios que recebem alimento (comedouros, unhas, porta vitaminas, porta ovos, etc) e água (bebedouros, e banheiras, principalmente) de modo freqüente e sustentável, impedindo a disseminação do problema.
-manter o ambiente sempre limpo e executar co freqüência a higienização de gaiolas, pratos, paredes, portas, janelas, etc.
-evitar a entrada de aves estranhas no criatório (de amigos, companheiros passarinheiros, nativos soltos - pombas, rolinhas, cambacicas, etc).
-evitar adquirir aves de criatórios não idôneos
-não adquirir aves "chucras" (pegas na natureza) Após estarem doentes o melhor procedimento é procurar auxílio de um Médico Veterinário para um adequado diagnóstico e tratamento.
A TRICOMONÍASE
Doença provoca morte, principalmente nos primeiros meses de vida.
A tricomoníase é uma grave protozoose muito difundida entre os Columbiformes. O gênero Trichomonas, flagelados polimastigíneos tricomonadídeos, compreende muitas espécies todas parasitas, encontradas no canal alimentar de alguns invertebrados e vertebrados, inclusive o homem.
O responsável pela tricomoníase dos Columbiformes e da maior parte das aves é o Trichomonas columbae do qual existem uma grande variedade de cepas, com diversa atividade de cepas, com diversa atividade patógena: algumas cepas quase não têm, outras têm um poder patógeno médio. Outras são extremamente virulentas, capazes de provocar a morte dos sujeitos atingindos dentre 24-48 horas sem apresentarem sintomas.
CARACTERÍSTICA E CICLO BIOLÓGICO DO TRICOMONAS
Protozoário flagelado de forma oblonga ou semilunar, muito móvel, com 6,8 mícron de comprimento, vive nos eios dos ossos da cabeça na cavidade oral, no esôfago e no INGLUVIE onde se produz depósitos caseosos semi líquidos amarelados; na forma mais grave pode difundir-se no intestino, fígado e, finalmente, nos pulmões.
A multiplicação ocorre por divisões longitudinais a nível do hospedeiro em pouco tempo; na média, são suficiente cinco horas para que uma nova geração se forme, mas algumas cepas e parece que aquelas dotadas de mais virulência, podem reproduzir-se em pouco mais de três horas.
DOENÇA FREQUENTEMENTE INADVERTIDA
A doença provoca morte principalmente entre os filhotes nas primeiras duas/três semanas de vida porque os adultos, mais resistentes à tricomoníase, freqüentemente atuam como portadores e os infecta alimentando com o chamado “leite do papo” (80-90% dos adultos de um criadouro podem estar parasitados sem sinais evidentes da doença). As cepas mais virulentas podem provocar a morte dos adultos por sufocamento ou por fome (as lesões caseosas obstruem a laringe ou o esôfago) ou por necrose hepática ou ainda por lento mas progressivo abatimento físico.
Como foi dito acima, a tricomoníase pode ser perigosa também para os pequenos pássaros de gaiola e de viveiros.
Eu mesmo pude verificar graves infestações com numerosas mortes (em boa parte jovens, mas também adultos, entre eles pardais do Japão usados como ama-seca) em diversas espécies de diamantes australianos (gouldiae, acuticauda, rulicauda, cincta) sem nenhum contacto com columbiformes. Nos criadouros atringidos, porém, no momento da epidemia estavem presentes passeriformes exóticos recentemente importados.
VIAS DE CONTÁGIO E TRATAMENTOS
O contágio acontece além da “ embicadura”, pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelos parasitas eliminados com os excrementos. Uma acurada limpeza dos pombais pode dificultar o contágio porque o T. columbae, incapaz como parece de produzir cistos, resiste pouco no ambiente externo (a forma vegetativa não é mais encontrada em poucas horas após a morte do hospedeiro).
A tricomoníase responde bem ao tratamento com Dimetridazol, Ronidazol ou com fármacos semelhantes, dos quais existem no comércio numerosos produtos farmacêuticos. Deve-se seguir com cuidado a posologia aconselhada pelos laboratórios produtores porque as aves, principalmente aquelas de pequeno tamanho, são muito sensíveis a estes quimioterápicos que facilmente podem provocar em dosagens elevadas, graves intoxicações.
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